domingo, 2 de setembro de 2012

O Consumo é Agora


Em decorrência da crise internacional que afeta as principais nações desde o fim de 2008, e a partir de 2011 começou a interferir fortemente na economia nacional, o governo brasileiro teve de adotar medidas que incentivam o consumo para aquecer o mercado interno.

Ocorre que reduzir o IPI e comprar boa parte dos dólares que circulam no mercado brasileiro é uma alternativa com efeito imediato e passageiro. Chega um momento em que a venda de automóveis para de crescer assim como em outros setores, sobretudo o setor de bens ditos duráveis, e a economia começa a dar passos lentos.

Isso ocorre porque o brasileiro está ganhando mais, porém, o mercado doméstico possui hoje, uma demanda acima do que a indústria pode oferecer. Em janeiro de 2013, espera-se que o salário mínimo suba de R$ 622,00 para R$ 670,95, o que aumenta o consumo de um modo geral.

Para reduzir este desequilíbrio, desde o início do governo Dilma está se adotando políticas econômicas baseadas em parcerias público-privadas, ao poucos a maior reclamação de donos de indústrias está sendo acatada; o doloroso investimento em infraestrutura (o que possibilitaria maiores possibilidades de expansão para a indústria brasileira, já que teria menores despesas com transportes).

Outro fator importante é o redirecionamento de investimentos estrangeiros para o país, haja vista a atual recessão europeia.  Aliados a todos esses itens, há programas de assistencialismo promovidos pelo governo federal (Bolsa Família) que beneficiam principalmente as regiões mais pobres do Brasil: Norte e Nordeste.

O Nordeste brasileiro começou a atrair grandes empresas devido ao poder de compra acelerado nos últimos anos. A distribuição de renda além de ajudar no desenvolvimento educacional, proporcionou aos nordestinos, compras cada vez mais sucessivas, o que gera mais emprego e renda na região.

Até 2020, o mercado consumidor brasileiro será o quinto maior do mundo, o que representa um salto de 2,2 trilhões para 3,5 trilhões de reais que serão gastos até lá. O Brasil deverá ser o terceiro maior mercado automobilístico.
 A Folha de São Paulo, entre 2008 e 2009, fez um levantamento e revelou que a frota de veículos em Maceió cresce acima da média nacional (7,7%), enquanto que em São Paulo registrou-se um crescimento de 5,5%, em Maceió a alta foi de 8,5%.

Considerando o aumento na renda, dentre outros fatores, a região Norte e Nordeste são as que mais crescem no Brasil. Até 2020 espera-se que o consumo pule de 24% para 28% no Nordeste brasileiro. De acordo com pesquisas, os estados brasileiros que mais deverão crescer são: Pernambuco, Alagoas, Piauí, Paraíba, Maranhão e Ceará (Escopo).

Em 8 anos,  a capital alagoana passará de 5 para 16 bilhões o índice de consumo, mas não só.  Há mais de 6 meses o Estado de Alagoas vem registrando índices econômicos positivos. O comércio varejista se mantém em expansão sem interrupções, o reflexo disso pode ser conferido através da construção civil em Maceió e interior. Resultado também do crescimento da renda do alagoano, que de 2003 para 2010 dobrou de R$ 700 para R$ 1400 reais em média.

Em maio de 2011, o economista Ricardo Amorim disse que o Brasil está posicionado estrategicamente para um crescimento sem precedentes até 2020, o que inclui necessariamente cidades médias do interior, municípios como Arapiraca que por oferecerem imóveis com preços mais baixos se comparados com os da capital, atraem investidores e assim crescem juntos com os grandes centros.

O professor Dr. de Economia da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), Cícero Péricles ao ser questionado sobre qual o caminho seguir pelas empresas em Alagoas, ele diz: “As empresas alagoanas não podem cometer os mesmos erros de 2003, 2004, 2005 que ficaram perplexas devido ao crescimento da renda, não souberam nem aproveitaram tal crescimento para reagirem”.








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